sábado, 16 de janeiro de 2016

Sabedoria Sociocultural

Comentário - Para falar da teoria sociocultural é necessário citar Lev S. Vygotsky, cuja perspectiva é baseada na dimensão social do desenvolvimento humano por meio da mediação, ou seja, a mente depende constitutivamente de uma interação social para sua efetiva maturação. Logo, aprendizagem e desenvolvimento são processos distintos, porém interagem mutuamente. A aprendizagem precede o desenvolvimento intelectual, pois os diferentes ambientes sociais onde a criança está inserida promovem aprendizagens que ativarão os processos de desenvolvimento real (o que ela já conquistou) e proximal (o que ela tem potencial para conquistar). Dessa forma, a criança “é sujeito social criador e recriador de cultura” e essa vivência em sala de aula é de uma riqueza infinita, para um bom mediador. Nesse ambiente, a linguagem é responsável pelas interações sociais, uma fonte de conhecimento que vai além da escrita e mergulha, segundo Paulo Freire, na palavra vivida, fruto de uma experiência intelectual afetiva inerente à totalidade humana.

Nesse cenário, o papel do professor é claro, o de mediador, aquele que irá diagnosticar (de forma democrática e não alienada) o melhor caminho para explorar as potencialidades dos alunos, de forma que não os subestimem com conhecimentos repetidos e que não os sufoquem, ultrapassando as suas capacidades. Para essa teoria, o professor é aquele que encontra no aluno uma das suas mais importantes características: a sua sabedoria sociocultural, cujo compartilhamento é transformador.

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