Comentário - Para falar da teoria sociocultural é necessário citar Lev S. Vygotsky,
cuja perspectiva é baseada na dimensão social do desenvolvimento humano por
meio da mediação, ou seja, a mente depende constitutivamente de uma interação
social para sua efetiva maturação. Logo, aprendizagem e desenvolvimento são
processos distintos, porém interagem mutuamente. A aprendizagem precede o
desenvolvimento intelectual, pois os diferentes ambientes sociais onde a
criança está inserida promovem aprendizagens que ativarão os processos de
desenvolvimento real (o que ela já conquistou) e proximal (o que ela tem
potencial para conquistar). Dessa forma, a criança “é sujeito social criador e
recriador de cultura” e essa vivência em sala de aula é de uma riqueza
infinita, para um bom mediador. Nesse ambiente, a linguagem é responsável pelas
interações sociais, uma fonte de conhecimento que vai além da escrita e
mergulha, segundo Paulo Freire, na palavra vivida, fruto de uma experiência
intelectual afetiva inerente à totalidade humana.
Nesse cenário, o papel do professor é claro, o de mediador, aquele que
irá diagnosticar (de forma democrática e não alienada) o melhor caminho para
explorar as potencialidades dos alunos, de forma que não os subestimem com
conhecimentos repetidos e que não os sufoquem, ultrapassando as suas
capacidades. Para essa teoria, o professor é aquele que encontra no aluno uma
das suas mais importantes características: a sua sabedoria sociocultural, cujo
compartilhamento é transformador.
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