domingo, 17 de setembro de 2017

Introdução aos Pronomes


Dorme, ruazinha… E tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranquilos


Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso persegui-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…


O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…


Só os meus passos… Mas tão leves são
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…


No poema acima, existe alguém que fala com outro alguém sobre alguma coisa.

1º Elemento → o eu lírico (fala) → 2º Elemento → com a ruazinha → 3º Elemento → a respeito de seus próprios passos.

A esses elementos damos o nome de pessoas do discurso ou pessoas gramaticais que são três:

1ª Pessoa: quem fala;
2ª Pessoa: com quem se fala;
3ª Pessoa: de quem se fala.

Podemos identificar essas três pessoas do discurso no texto de Mário Quintana, pelas palavras:
1ª - E os meus passos ... (“meus” refere-se à primeira pessoa / o eu lírico).
2ª - Dorme o teu sono... (“teu” refere-se à segunda pessoa / a ruazinha).
3ª Que pode ouvi-los? (“los” refere-se à 3ª pessoa / os passos).

☼ Essas palavras são chamadas de pronomes. Elas substituem ou acompanham os substantivos relacionando-os com as pessoas no discurso. Veja:

→ meus passos
(pronome + substantivo);
→ teu sono
(pronome + substantivo);
→ouvi-los
(verbo + pronome que substitui o substantivo “passos”).

Quando o pronome acompanha o substantivo, ele é chamado de pronome adjetivo. Quando o pronome substitui o substantivo, ele é chamado de pronome substantivo.


Minha Mina / Pronome adjetivo                 
Pra Ela / Pronome Substantivo


CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES

Os pronomes classificam-se em: Pessoais; Possessivos; Demonstrativos; Indefinidos; Interrogativos; Relativos.


Agora é a sua vez de pesquisar: defina e exemplifique os pronomes citados a cima.

Fonte: MESQUITA, Roberto Melo; MARTOS, Cloder Rivas. Gramática Pedagógica. São Paulo: Saraiva, 1999.

COISA NOSSA

                                                                             Foto: depositphotos

Hoje vivemos em um mundo globalizado com pleno acesso a inúmeras informações. Podemos viajar pelo mundo através da internet, visualizar diferentes culturas, pessoas e realidades sociais. Porém, você acessa aquilo que está mais perto de você?

Você conhece o seu vizinho, o seu bairro, a sua cidade, a sua escola, os seus colegas de turma? Você se conhece?

Podemos contemplar MEIO mundo ou UM milhão de coisas em poucos cliques, porém, em PRIMEIRO lugar, temos que nos enxergar, nos sentir, assim como vivenciar tudo aquilo que nos rodeia. Ao descobrir este mundo mais perto, o nosso mundo, as coisas nossas, teremos muito mais que informações globalizadas, pois faremos parte de algo que vale o DOBRO: o conhecimento. 

Por Ires Milena Koster
Texto introdutório para trabalhas os Numerais/Classe de palavras.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Classe de Palavras: adjetivo.


Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo. Pode indicar qualidade, estado e lugar de origem. Exemplos:
(Qualidade): A menina delicada realizou os movimentos com perfeição.
                     A menina desajeitada não concluiu as provas.
 (Estado): O recreio estava bagunçado.
                 O recreio estava calmo.
 (Lugar de origem): O cidadão rio-grandense nunca reelegeu um governador.
                                O cidadão santa-rosense tem orgulho de sua história.

FORMAÇÃO DO ADJETIVO

O adjetivo pode ser:
Primitivo: não deriva de outra palavra.
Exemplo: Trago um pequeno presente e um doce beijo.
Derivado: deriva de outra palavra.
Exemplo: A menina preguiçosa (do substantivo preguiça) tem um coração amargurado (do verbo amargurar).
Simples: formado apenas por um radical.
Exemplo: Parte dos jovens brasileiros preferem roupas escuras.
Composto: formado por mais de um radical.
Exemplo: Parte dos jovens luso-brasileiros tem cabelos castanho-escuros.


FLEXÃO DO ADJETIVO
O adjetivo é uma classe variável. Como o substantivo, varia para indicar o gênero, o número e o grau.
Aluno aplicado/Aluna aplicada (variação de gênero).
Professora aplicada/ Professoras aplicadas. (variação de número).
Turma aplicada/Turma muito aplicada/Turma aplicadíssima. (variação de grau).

GÊNERO DO ADJETIVO

Uniformes: possuem uma forma, que se aplica tanto ao substantivo masculino como a substantivos femininos.
Exemplos: O guri feliz/a guria feliz. O interesse comum/A causa comum. O momento anterior/A causa anterior.
Biformes: possui duas formas: uma para o masculino e outra para o feminino.
Exemplos: o amigo brincalhão/ a amiga brincalhona. O professor alemão/A professora alemã. O autor corajoso/ A atriz corajosa.

NÚMERO DO ADJETIVO
O plural dos adjetivos simples varia em número para concordar com o substantivo a que se refere.
Exemplos: Preda bela/Prendas belas. Gaúcho gentil/Gaúchos gentis.
O plural dos adjetivos compostos, em regra geral, flexiona apenas o último elemento do adjetivo composto.
Exemplos: Olhos verde-claros. Poemas lírico-dramáticos.
Exceções: azul-marinho, azul-celeste (invariáveis). Surdo-mudo/surdos-mudos (flexiona dos dois elementos).
OBS: São invariáveis os adjetivos compostos referentes a cores, quando o segundo elemento da composição é um substantivo.

GRAU DO ADJETIVO

O adjetivo pode variar em dois graus: comparativo e superlativo.
O comparativo, como o próprio nome sugere, se estabelece quando há uma comparação. Essa comparação pode ser de uma mesma qualidade entre dois seres, ou de duas qualidades em um mesmo ser.
Exemplos: A estudante era tão inteligente quanto à professora.
                  A estudante era tão inteligente quanto educada.
O grau comparativo pode ser de igualdade (tão...quanto/como), superioridade (mais... que/do que) e inferioridade (menos... que/do que).
Ex. (igualdade): O aluno é tão bonito quanto seu irmão. O aluno é tão bonito quanto estudioso.
Ex. (superioridade): O aluno é mais bonito que seu irmão. O aluno é mais bonito do que estudioso. / A aluna é maior que a professora. A aluna está melhor que a estagiária.
Ex. (inferioridade): O aluno é menos bonito que seu irmão. O aluno é menos bonito do que estudioso.
OBS: Quando são comparadas duas qualidades de um mesmo ser, podem-se usar as expressões mais bom, mais mau, mais pequeno e mais grande.
O grau superlativo pode ser relativo, quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres, ou absoluto, quando a qualidade de um ser é intensificada em relação com outros seres.
O grau superlativo relativo pode ser de superioridade ou inferioridade.
Exemplos: O estudante (um ser) é o mais/menos inteligente da turma (um conjunto de seres).
O grau superlativo absoluto apresenta-se nas formas analíticas e sintéticas. No caso das analíticas a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (muito, extremamente, etc.). No grau superlativo sintético a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos (íssimo, rimo, imo).
Ex. (analítica): O conteúdo é muito fácil.
Ex. (sintética): O conteúdo é facílimo.

ADJETIVOS PÁTRIOS

São aqueles que indicam o lugar de origem, referindo-se a continentes, países, estados, cidades, etc.
Exemplos. O novo estudante é sul-americano/brasileiro/rio-grandense/santa-rosense.

LOCUÇÕES ADJETIVAS
Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou seja, uma expressão formada com mais de uma palavra com valor de adjetivo. Muitas locuções podem ser substituídas por adjetivos de igual significado.
Exemplos (Locução adjetiva/ adjetivo): Amor de mãe/amor maternal; doença do coração/doença cardíaca; festas de junho/festa junina; faixa de idade/faixa etária.



Fonte: PASCHOANIL, Maria Aparecida; SPADOTTO, Neusa Teresinha. Gramática: Teoria e Exercícios. São Paulo: FTD, 1996.